7 de set. de 2011

Sobre Limites, Livros e Drogas

Dessa vez resolvi sair um pouco da levada político-social que os textos anteriores estavam assumindo. E resolvi dessa vez falar sobre a sétima arte, ou seja, Cinema.

Esse final de semana com o tempo frio e aconchegante que se instalou no Rio de Janeiro, resolvi assistir a um filme, porque acredito que vida é feitas de pequenas coisas. Melhor do que ficar de preguiça em casa vendo um filme, em minha opinião, é fazer uma brincadeira lúdica envolvendo dois corpos suados se entrelaçando e trocando fluidos corporais. Mas como não era o caso, fiquei de preguiça na cama vendo filme mesmo.

O filme escolhido foi o Sem Limites (Limitless) como Bradley Cooper (Se Beber Não Case, Esquadrão Classe A) e Robert de Niro, que se você não conhece não tenho idéia do que está fazendo nesse site, portanto vá embora.

O canastrão-pai e o aprendiz

O filme conta a historia de um escritor (Cooper) com problemas de bloqueio criativo (algo que acredito ser mais comum do que meleca em nariz de criança). A vida do nosso herói é uma verdadeira zona: divorciado, sem grana, acabou de levar um pé na bunda e a casa do cara parece um verdadeiro chiqueiro. E quando você começa a acreditar que a qualquer momento ele vai pegar uma arma e pintar as paredes com que restou da massa encefálica dele, é apresentado ao nosso protagonista uma droga milagrosa que fará com que ele use 100% do cérebro.

Ah.. se o meu cerebro fosse azul

O restante do filme está claro, não? As coisas ainda estão nubladas na sua mente sobre como se desenrola a historia? Então levante a sua bunda da cadeira e vá assistir.

O filme é denso e mostra claramente a evolução do personagem principal, de um perdedor a um merda completo para um cara tão seguro de si que faria você dar a sua filha numa bandeja de ouro por um conselho na bolsa de valores.

Tirando o fato de o filme reutilizar a velha frase de ‘com grandes poderes vem grandes responsabilidades’, a visão geral mostra que você pode fazer de tudo, desde uso de drogas ilícitas até golpes para alcançar o seu objetivo. Quem não faria isso? O problema é quando a pessoa a qual você passou a mão na bunda e mandou a foto da passada de mão para o Facebook, decide voltar para te encher de porrada. Ou seja, não seja pego.

Sem Limite é um drama que apesar de não ter imensas reviravoltas, acaba te conduzindo e quando você menos percebe simplesmente acabou.

No fim das contas, as pessoas verão esse filme como algo típico e exclusivo do mercado norte americano, com a sua crença de uma vida regada a festas, álcool e drogas. A vida que todo adolescente idiota quer.

Se você não é esse adolescente/jovem idiota, vai compreender que o filme não é uma ode a drogas e baladas; vai curtir muito e se divertir, sem grandes surpresas, enquanto que a grande massa vai olhar e entortar a boca.

Isso lá é vida?
Mas se for um adolescente/jovem babaca que curte adubar a vida ao máximo, uma dica: vai arranjar algo de inteligente para fazer e saia da frente desse computador, seu vagabundo!