3 de ago. de 2009

Um Lenço, Um Momento, Uma Sensação.

O relógio bate 12h e a gama de pessoas saindo para almoçar lota as ruas da cidade.
Todos vivem de forma frenética e dinâmica. Trocam momentos de reflexão por refeições rápidas dos famosos fast-food e seguem como a sua vidinha.

Ela observa pela janela e vê todos nesse movimento cadenciado que toma conta das vidas das pessoas. Ela toca a janela, única barreira que separa a sua vida daquelas loucas que se equiparam as formigas produzindo freneticamente o alimento para o inverno.

Sobre a cama repousa um corpo moreno, semi-atletico; adormecido. Seus cabelos negros estão desgrenhados, o que lhe concede um toque infantil com contrasta com seu ar de homem maduro.

Ainda podia sentir o toque firme, vigoroso, apesar de suave sobre o seu corpo. Suas carícias, seus beijos, sua forma de olhar, tudo isso fazia com que o seu coração disparasse a mera lembrança. Vê-lo deitado daquela forma, completamente entregue submisso, sem temor do amanha era uma coisa que apenas ele sabia fazer e estar envolta em seus braços, compartilhando dos seus sonhos, sentindo o calor do seu corpo e a segurança que lhe fornecia, era uma das coisas que mais sentia falta quando ele estava longe.

Ela volta a observar a cidade pela sua janela; o sentimento de estar distante daquele balburdia diária fazia com que sentisse paz.
Quando volta seus olhos para o seu amado que jazia adormecido eis que se depara com os olhos dele a mirar-lhe.

'Oh, meu Deus. Esses olhos; parecem olhar minha alma!', é o primeiro pensamento que passa por sua mente, antes de sorrir constrangida.

- Você não sabe que é feio e falta de educação ficar espiando as pessoas?
- Não resisto! Desculpe. Mas olhar você é um exercício que eu faria o dia inteiro; é como observar um quadro recem-pintado; como ver o nascer do sol e seu derradeiro pôr no horizonte. Observar cada curva, cada detalhe, cada pedaço do seu corpo é uma descoberta para mim. Uma descoberta que me inebria e me toma com tamanha força que é incapaz de resistir.
- Você é um galanteador barato e sabe disso! Acha que pode me dobrar com essas palavras carinhosas? - diz ela com um sorriso de satisfação.
- Eu juro que acreditava que pudesse!
- Vai ter que fazer mais que isso para me agradar e me dobrar!
- Hum.. sente-se aqui. Tenho algo em mente.

Ela caminha enquanto os seus olhos brilham de curiosidade; 'o que ele tem em mente?', era a pergunta que martelava na sua cabeça, mas isso não a impediria.

Ao sentar-se, ela a beija um leve roçar de lábios transforma-se num contato intimo e apaixonado em pouquíssimo instante. Ela sente seus mamilos enrijecerem e seu sexo umedecer sua roupa intima, mas há algo diferente.

Ela abre os olhos no momento em que o vê puxando um lenço de cetim e se depara com um sorriso sacana.

- Ainda confia em mim?
- Sim, apesar de você saber que eu não gosto tanto disso.
- Você vai mudar de opinião, caso contrário, nunca mais eu faço isso, combinado?
- Combinado.

Ela sente o leve roçar do cetim tocando-lhe as maças do rosto. Em um segundo, seu mundo torna-se escuro e sem a visão, seus outros sentidos parecem receber um incentivo para aguçarem.

Ela começa a ficar tensa, sem saber ao certo onde ele está.

Ele sabia que seus sentidos estariam mais aguçados e que qualquer toque produziria um efeito único. Ele pega um pote de creme hidratante, passa em suas mãos e percorre o corpo dela suavemente.

Ela sente um pequeno calafrio quando sente as mãos dele percorrendo o seu corpo, sempre adorava quando ele massageava suas costas, mas em um determinado momento o contato cessa.
Ele estava feliz pelo que tinha visto inicialmente; sua amada estava relaxando e entregando-se aos seus toques. No auge da massagem que desferia, ele cessa o contato com a pele dela e simplesmente observa enquanto ela volta a ficar tensa pelo silencio e ausência.

Ela sente os pelos de sua nuca se atiçar quando é beijada de leve, enquanto estica suas costas; não resistindo ao que acabara de ver, ele sorri e coloca-se a beijar seu pescoço a partir da nuca, percorrendo toda a extensão do seu pescoço, percebendo que sua respiração começa a ficar mais sôfrega.

Ela está vestida apenas com uma pequena roupa intima que ele vê que está umedecida pelo fruto de seu sexo; a sua pele encontra-se arrepiada e os mamilos enrijecidos.

Ele ergue a mão levemente e percorre o limiar de seus belos seios, fazendo com que ela solte um pequeno gemido de prazer, enquanto que o seu mamilo fica mais enrijecido, mas apesar disso, sente que seus músculos ainda estão retesados. Ao notar isso, ele começa um lascivo beijo ao seu pescoço, alternando entre pequenas mordidas, que faz com que ela finalmente se entregue.

Ele está satisfeito, muito na verdade! Com isso ele a liberta de seu mundo obscuro e com um sorriso a saúda.

- O que achou?
- Achei a brincadeira muito sem graça, tá? Não deve brincar com as pessoas assim.
- Diga que não gostou e eu nunca mais faço!
- ...
- Foi o que eu achei!

Eles se beijam com sorrisos aos lábios.

- Se você acha que vou deixar ir embora assim, pode esquecer!
- Amor. Tenho que ir trabalhar daqui a pouco!
- Hoje você vai chegar mais tarde, você vai me pagar pelo que fez mocinho.
- Estou morrendo de medo!

Um comentário:

Ella ABp disse...

"vai me pagar pelo que fez mocinho.
- Estou morrendo de medo!"
Só o que tenho a dizer: NOOOOOOOSSA!xD