24 de mar. de 2010

Com a Mão na Massa


Imagine a cena: um rapaz sai para uma noitada e tenta azarar cada garota da boate que escolhera. A azaração corre solta, tal como a pegação, mas na hora dos “finalmentes”, acaba indo para casa sozinho. Ele chega toma um banho e antes de sair do banheiro, o rapaz decide masturbar-se para “aliviar a tensão”.

As pessoas devem estar assustadas com a forma como eu estou expondo a intimidade do universo masculino. Mas sigo a filosofia que “pior cego é o que não quer enxergar”.

Vários jovens às vezes me questionam sobre seus problemas na iniciação sexual das suas vidas. E nós, internautas que falamos abertamente de sexo, acabamos nos tornando gurus sexuais das pessoas, às vezes por apenas buscar mais a informação.

Não estou dizendo que é fácil peneirar na internet o que vale a pena ou não. Mas vamos voltar à masturbação, ou melhor, ao papo sobre masturbação.

Masturbação em si quando dita a pessoa associa apenas ao ato masculino da estimulação de seus órgãos sexuais. Porém a masturbação é todo e qualquer ato de estimulação aos órgãos sexuais, seja masculino quanto feminino, que tem como objetivo a obtenção de prazer podendo ser ou não seguido do orgasmo.

Muito bem, depois de um papo chato de um Orientador Sexual de uns 90 anos, vamos a parte menos chata.

A masturbação é o ato que conduz o ser (seja homem ou mulher) a um caminho de auto-conhecimento. Pode parecer um pouco demais falar algo do gênero para um ato corriqueiro (pelo menos para muito dos homens), mas é a mais pura verdade.

O homem ou a mulher só vão alcançar o ápice do conhecimento sobre o que mais lhe dá prazer através da experimentação. Como saber que o morango é doce sem morder-lhe a carne suculenta?

Mas e quando o ato de conhecer-se acaba se tornando uma obsessão?

Muitos homens (para as mulheres eu deixo o espaço nos comentários para darem a sua opinião sincera) almejam por transas maravilhosas, cheias de peripécias e acrobacias sexuais o que acaba causando um certo nível de frustração quando se deparam na cama com uma mulher de verdade e não a mulher idealizada mentalmente e isso pode ser um transtorno para a pessoa, seja o praticante quando a companheira.

E algumas coisas são tão simples de resolver que chega a parecer bobeira. Quando dizem que muitos problemas se resolvem com uma boa conversa não estão mentindo.

Não existe nenhuma contra-indicação em masturbar-se, até porque o orgasmo libera uma serie de hormônios e gera vários estímulos no cérebro que dá a sensação de felicidade e relaxamento muscular. Mas trocar uma serie de afetos com uma pessoa real para idealizar uma transa fenomenal é jogar contra você mesmo.

Sexo não é apenas penetração; é carícia afetividade, companheirismo. Sexo é falar aquela bobeira ao pé do ouvido ou até mesmo aquela safadeza. E por mais que a sua mente possa gerar uma serie de coisas que você gostaria de ouvir, a mulher do seu pensamento não pode te afagar ou abraçar, mesmo quando os corpos estão em gotas e o coração prestes a romper a caixa torácica.

Como no primeiro parágrafo desse texto, pode até servir para “aliviar a tensão”, mas não deve substituir uma relação seria.

Pensem nisso.

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