11 de dez. de 2008

Paganismo diferente

Aleatoriedades

Foto: Stonehenge, Inglaterra

Eu sempre fui fascinado pelas historias fantásticas do Tolkien. Mas acho que nada mais me deixa mais fascinado do que as historias sobre o Rei Arthur e sua Távola Redonda.

Um dia assisti ao filme Rei Arthur (de 2004) e vi a situação da Tavola Redonda e a balburdia que ela causou com a Igreja Apostólica Romana por conta de tratar-se de uma situação em que todos eram iguais; não havia distinção entre os homens.

Mas não é sobre isso que eu queria falar.

Ontem quando retornava para casa, ao saltar do ônibus tive a nítida impressão de estar sendo observado. Olhei para todos os lados, mas não havia ninguém na rua.
Foi quando um pensamento súbito me ocorreu e eu olhei para o alto.

A Lua estava esplendorosa em sua forma crescente, parte de sua face voltada para a o sol, refletindo sobre nós seu brilho tênue em meio ao negrume da imensidão.
Fiquei extasiado ao observar as nuvens cobrirem a lua de forma a qual só pude atestar a presença dela por conta do seu brilho; mesmo assim ela emanava uma luz lúgubre e fantasmagórica, mas apesar disso, não consegui distanciar o meu olhar.

E foi quando me recordei de quando li “As Brumas de Avalon”, onde dizia do poder fascinante que a Lua possui sobre os homens.
Pode parecer bobeira, mas eu tenho um vinculo muito grande com a Lua e com os seus ritos.

Depois disso tudo, vamos a historia.

Avalon é uma ilha sagrada. Antes, há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens. É composta por sete ilhas: Inis Witrin, a Ilha de Vidro, onde fica o sagrado Tor; a Ilha de Briga; a ilha do deus alado, que fica perto da grande aldeia do povo do pântano; a ilha que defende o vale de Avalon; a ilha perto do lago onde fica outra aldeia do povo do pântano; a ilha onde vive o deus selvagem das colinas, chamado de Pã pelos romanos e a sétima ilha é uma montanha, Atalaia, que é o portão de entrada para Avalon.

Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

Antes mesmo da comunidade de sacerdotisas chegar à ilha já havia ali um povo antigo. E antes, outros viveram ali; eram um povo sábio que saiu das Terras Alagadas, Atlântida, a ilha que submergiu há milhares de anos no Oceano Atlântico, devido a um grande cataclisma. Instalaram-se em Avalon e a fizeram uma ilha sagrada, levando seus conhecimentos e transmitindo-os a seus descendentes. Construíram círculos de pedras que marcavam as linhas de poder da Terra, onde realizavam seus cultos. Um desses círculos fica no topo do Tor (o círculo de pedras foi destruído e hoje há no local uma igreja), a colina sagrada onde as sacerdotisas servem à sua Deusa e os druidas fazem seus rituais.

Quando Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo. Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e nas tradições antigas. Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice Graal contendo o sangue de Jesus para lá, na Britannia, na ilha de Avalon. Entretanto, com o passar do tempo, os padres começaram a ver os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demônio era adorado, condenando-os. Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e a partir de 391, com a consolidação do cristanismo como religião oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os cultos pagãos foram totalmente proibidos.


Um ultima comentário: todos aqui devem conhecer o Stonehenge, correto? Trata-se de um megálito formado por círculos concêntricos de pedras (algumas com 45 toneladas e 5 metros de altura), construído na planície de Salisbury, na Grã Bretanha. Que tem bastante cunho religioso, principalmente para os druidas e os “druidas” modernos.

No dia 23 de Dezembro vou postar uma coisa que muitas pessoas não conhecem sobre o Natal. Preparem-se

5 comentários:

gério disse...

Uaul *-*
belo post. ^^

Kadu Castro disse...

Se quiser, eu te empresto o livro "O Rei do Inverno", sobre Arthur. É muito, muito, muito, foda. =)

Anônimo disse...

Ja estudei algo sobre o paganismo. É até interessante, mas dps q vc aprende certas coisas, acaba deixando certas coisas. Em se falando das Brumas de Avalon: nao tive condiçoes de ler, mas me inspira ser uma boa obra de fantasia e ficçao! :)

Anônimo disse...

Ja li algo sobre isso num site muito bom ( www.misteriosantigos.com - nao me lembro se tem br no final) é bom ler porque tem varios assuntos que se entrelaçam ate a historia de Arthur. Otimo post...

Ella ABp disse...

Todos aqui até agora fizeram comentários um pouco úteis, aew vem a Stella e diz: " avalon é algum parente do cavalon? " xD
Nao me dê um tiro! x.