17 de fev. de 2009

Baile de Mascaras na vida real.


Muitos de vocês já devem ter visto que eu tenho um ponto de vista um tanto deturpada sobre a condição humana.


Um professor da faculdade disse, em um dado momento, que eu tenho uma visão lógica sobre as atitudes das pessoas e que eu costumo analisar as mesmas.
Não posso dizer que ele estava de todo errado, ate porque ele não estava errado. Eu costumo analisar as pessoas. Não da forma como muitas pessoas costumam imaginar. Eu observo a freqüência com a qual a pessoa realiza uma determinada tarefa; como ela age mediante a um determinado estimulo externo ou até mesmo como ela age quando excitada.


Já fui em varias festas apenas com o intuito de ficar observando as pessoas ao meu redor. Um tipo de voyeurismo, eu acredito. Não no sentido de que isso me excitava (talvez até excitava), mas porque eu me considero um observador da natureza humana, se pode dizer.


Estava conversando com a Atre (do ‘Conversa Atrevida’) e uma coisa que ela mencionou me chamou a atenção.


Se eu estiver desvirtuando algo que a Atre tenha dito, peço que ela me corrija.


Estávamos falando sobre nossos blogs e sobre os comentários que recebemos. E vimos que algumas pessoas se chegam até nós com uma curiosidade perene, buscando sempre algo de melhor para as suas vidas, seja uma palavra de conforto, seja um palavra de carinho, seja a explanação de um tema curioso, seja sexo ou seja apenas porque se sentem sozinhas e querem companhia.
Mas percebemos uma vertente que, mesmo querendo companhia, possui um medo de doar-se e envolver-se, mesmo que seja virtualmente.


Algumas pessoas se aproveitam do universo virtual, através de blogs, orkut, profiles, para esconder (ou simplesmente revelar) uma faceta que não tem coragem de mostrar no dia a dia.
Como uma vez eu mencionei (não sei se aqui ou com alguem que conversava), mas eu sempre imagino que tipo de nickname aquela menina da contabilidade usa na internet.
Sabe aquele estereotipo de menina indefesa, quietinha, nerd? Pois bem, essa mesma pessoa pode ser uma completa devassa na cama, daquelas que batem na cara, xingam e fazem de tudo e mais um pouco quando está enlouquecida de tesão.


Eu realmente não sei o porquê das pessoas ainda terem medo de mostrarem sua verdadeira faceta (ou o seu Lado B); será que hoje, mesmo em meio a tantas revoluções culturais e cientificas, continuando a manter a mesma mentalidade dos nossos avós? Será que os tabus impostos pela sociedade ainda têm mais validade e força que a nossa vontade de fazer a diferença e sermos nós mesmos?
Não concordo e não aceito.


Não estou querendo dizer que devemos deixar de lado a razão e destruir tudo. Mas não consigo conceber pessoas que conseguem manter a ‘mascara que cobre seu rosto’ a todo o custo, sacrificando sua individualidade e sensualidade/sexualidade.


Por que não compreendem que no momento em que faz um comentário, deixa um scrap ou mantém algum tipo de contato, você acaba de baixar a guarda e se tornou um pouco mais próximo e intimo da pessoa a qual o blog você acaba de comentar? Não somos bichos-papão, somos apenas pessoas comuns que decidiram abrir a porta de nossas vidas para que outras pessoas pudessem aprender com as nossas experiências e nós, consequentemente, aprender com as suas experiências.


Baixe a guarda.

Um comentário:

Giuliana disse...

Olá, estava procurando uma foto (de máscara) para postar no meu blog e te achei. Adorei seu blog, não li tudo mas por esta primeira degustação, sei que vou gostar.
Adorei o lance de tentar adivinhar o nick da assistente da contabilidade na net...rs